quinta-feira, 22 de julho de 2010

UMA PISTA DE POUSO... E NADA MAIS

Na semana passada, questionado acerca das obras necessárias à Copa de 2014, o Secretário Geral da FIFA, Jerome Valcke, relacionou o que falta: "Precisamos construir estádios, estradas, sistema de telecomunicações, aeroportos e ver se há mesmo a capacidade suficiente em hotéis". 

Quase nada...

Em Natal, a questão "aeroporto" parecia estar planejada. Em 18 de junho de 2004, o 1º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército havia começado a obra da pista de pouso  (que fica, na verdade, na vizinha cidade de São Gonçalo do Amarante). Naquela época, sem previsão de Copa do Mundo no Brasil, era apenas um exercício de megalomania, já que o aeroporto atualmente em uso (que na verdade fica na vizinha cidade de Parnamirim) até hoje é subutilizado. 

No entanto, passados seis anos, nada, além da pista, progrediu. O Governo Estadual  e a INFRAERO desistiram, há muito tempo, de bancar a obra com recursos próprios. A construção passaria por uma mudança de gestão administrativa de aeroportos no Brasil. Seria permitido, à inciativa privada, erigir o terminal de passageiros e cargas, e, posteriormente, administrá-lo. 

Só que a idéia não sai do papel. O projeto segue a passo de cágado estafado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia atacado quem duvida do Brasil. Não vou me atrever a tanto. Para ele, é "descabido" questionar se o nosso País estará pronto para a Copa, garantindo que investimentos serão feitos e que não faltarão aeroportos. Lula chegou a se irritar com o questionamento. "Se o Brasil não tiver condições, garanto que volto da África à nado", disse.

É, Molusco... começa a treinar. 

Foto: Nominuto.com

sexta-feira, 16 de julho de 2010

BRASIL X ARGENTINA


Pelé, indubitavelmente, foi um atleta muito superior a Maradona. Acho que termina por aí nossas vantagens sobre a vizinha Argentina. Principalmente se considerados os aspectos de cultura e educação.

Um garçon em Buenos Aires é capaz de dar uma aula de distribuição populacional se indagado pelo número de habitantes da capital portenha. La, motorista de táxi pode debater, com fundamentos, a política econômica adotata pelo Governo Kirchner. São dois pequenos exemplos de elevado nível social que vivi pessoalmente.

Esta semana, foi noticiado mais um exemplo dessa distância evolucional entre nós e nossos vizinhos. Enquanto nosso Congresso analisa uma Emenda Constitucional que pode impedir a adoção de crianças por casais homoafetivos, a Argentina passou a permirir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Ponto para sociedade argentina. Lá, vence a universalização de direitos.

Os argumentos utilizados do lado de cá da fronteira são medivais. Um Estado, que deveria ser laico, apela para "ensiamentos" bíblicos. Afinal, a homossexualidade é abominação; está nas Escrituras Sagradas. Assim como comer camarão. Por outro lado, a pena de morte por apedrejamento é autorizada por Deus. 

Eu só me pergunto, qual Deus - o dos católicos, o dos protestantes, o dos mulçumanos, o dos judeus, os vários dos cultos africanos, indianos... - prefere ver crianças em orfanatos a conceder-lhes a possibilidade de um lar, de receber amor, acesso a educação e saúde?

Não posso acreditar que a maioria da população brasileira opte pela intolerância em detrimento da civilidade, que permite a convivência entre os diferentes. É inadmissível que, por uma pretensa inspiração divina, o inferno seja antecipado nesse plano de vida para gays e lésbicas, como se fossem cidadãos de segunda categoria, sem acesso a determinados direitos.

Mais cedo ou mais tarde, os ventos austrais nos trarão respeito à dignidade humana e leis despidas de preconceito.



quarta-feira, 7 de julho de 2010

EU SOU INSUBSTITUÍVEL!

Recebi esse texto hoje. Não havia indicação do autor... um sábio. Tudo a ver com meu momento.


"Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico (até hoje o Flamengo está órfão de um Zico)?
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram
seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando
energia em reparar seus 'gaps'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola,
Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'; ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão
Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco  que posso.
O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor." 


EU FAÇO DIFERENÇA. E você também.